Autocontrole pode estar no coração do sucesso do Estudante

Educação pode ser a coisa mais importante na vida de uma pessoa jovem, mas, quando confrontados com mais uma palestra ou trabalho de casa, quase todos os alunos em uma pesquisa disseram que gostariam de estar fazendo outra coisa. Isto, de acordo com um novo artigo na Perspectives on Psychological Science, sugere que ter sucesso nos estudos pode exigir autocontrole, tanto quanto inteligência.

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“Todo mundo já esteve nesta situação, onde você tem este pedaço de bolo de chocolate na frente e você realmente não quer comer, mas você é obrigado, e acho que os alunos se sentem dessa forma o tempo todo com seu trabalho”, disse a co-autora Angela Duckworth, professora de psicologia na Universidade da Pensilvânia, conhecida por sua pesquisa sobre ‘determinação’ como um caminho para a realização.

Em um par de estudos longitudinais com 304 estudantes da oitava série, Duckworth e seus colegas mediram autocontrole dos alunos através de autorrelatos, questionários preenchidos pelos pais e professores, e um conjunto de tarefas comportamentais de atraso de gratificação. Com base nestas contagens, eles descobriram que, semelhante ao QI, os estudantes que foram classificados altamente em autocontrole também ganharam notas mais altas nos resultados de testes padronizados. Ao contrário de QI, no entanto, autocontrole superior também foi preditivo de menos faltas escolares, menos procrastinação, mais tempo de estudo, e menos tempo gasto assistindo televisão.

Duckworth, que ensinou matemática do ensino médio antes de se tornar um professor universitário, disse que estes resultados se alinham com seu próprio tempo na sala de aula.

“As crianças realmente querem fazer bem”, disse Duckworth. “Eu nunca conheci um garoto que quisesse fazer pior, mas nem todos eles foram capazes de alinhar seu comportamento com o estudo, com trabalhos de casa, com prestar atenção nas aulas.”

Em uma escala maior, um estudo de 1.000 estudantes da Nova Zelândia descobriu que as avaliações de autocontrole na infância eram tão preditivas da segurança financeira de uma pessoa, renda, saúde física e mental, uso de substâncias e condenações penais mais tarde na vida como a inteligência ou status socioeconômico.

Enquanto autocontrole pode ser agrupado com consciensciosidade, um traço de personalidade da teoria Big Five, ele também se destaca como uma medida comportamental única que pode contribuir para o sucesso global de uma pessoa.

Autocontrole existe em uma escala de tempo de minutos, Duckworth explicou, permitindo a alguém resistir às tentações diárias de mensagens de texto em sala de aula ou apertar o botão de soneca na parte da manhã, enquanto a determinação pode fornecer a paixão perseverante necessária para realizar os objetivos de longo prazo.

Encorajar comportamentos consciensciosos não é tão simples como dizer aos alunos “apenas use algum autocontrole”, no entanto. Duckworth disse que está mais animado sobre o uso de modificações situacionais que fazem a tentação de negligenciar trabalhos escolares menos potente – por exemplo, desligar seu celular, ou mesmo deixá-lo em outra sala, para evitar textos distratores.

“Pensar em maneiras de evitar esses conflitos estrategicamente parece muito mais eficiente e menos tortuoso ao longo do tempo”, disse ela.

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Referências

Duckworth, A. L., and M. E.p. Seligman. “Self-Discipline Outdoes IQ in Predicting Academic Performance of Adolescents.” Psychological Science, vol. 16, no. 12, Jan. 2005, pp. 939–944., doi:10.1111/j.1467-9280.2005.01641.x.

Duckworth, Angela L., and Martin E. P. Seligman. “The Science and Practice of Self-Control.” Perspectives on Psychological Science, vol. 12, no. 5, 1 Sept. 2017, pp. 715–718., doi:10.1177/1745691617690880.

Galla B. M., Rikoon S. H., Haimm C. A., Duckworth A. (2016). Explaining the phenomenology of self-control conflict.

Moffitt T. E., Arseneault L., Belsky D., Dickson N., Hancox R. J., Harrington H. L., , . . . Caspi A. (2011). A gradient of childhood self-control predicts health, wealth, and public safety. Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 108, 2693–2698.


Por Kimberly Armstrong para o Association for Psychological Science.

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