Condicionamento de Ordem Superior (também conhecido como Condicionamento de Segunda Ordem) é um termo de condicionamento clássico de Pavlov que se refere a uma situação em que um estímulo que era previamente neutro (por exemplo, uma luz) é emparelhado com um estímulo condicionado (por exemplo, um som que foi condicionado com alimento para produzir salivação) para produzir a mesma resposta condicionada que o estímulo condicionado.
Uau … se você entender como um estímulo neutro se torna um estímulo condicionado (condicionamento), você entende o condicionamento de ordem superior porque isso é realmente apenas estender o condicionamento a mais um nível … o condicionamento está acontecendo não emparelhando o estímulo com algo que naturalmente produz uma resposta, mas com algo que foi condicionado para produzir uma resposta.
Ainda tá meio embaçado?
É bem simples.
Se ainda não manja nada de condicionamento pavloviano, dá uma olhada no que já postamos:
- Os cães de Pavlov e a descoberta do Condicionamento Clássico;
- Diferenças entre Condicionamento Clássico e Operante com exemplos;
- O cão de Pavlov: Experimento base da Psicologia Comportamental;
Você lembra que no condicionamento clássico ocorria o emparelhamento de estímulo INCONDICIONADO com um estímulo neutro? Pois é. No condicionamento de ordem superior / condicionamento de segunda ordem o emparelhamento ocorre entre DOIS ESTÍMULOS CONDICIONADOS.
Falamos sobre um emparelhamento CS-CS (Conditioned Stimulus).
Pra fechar com chave de ouro…
Exemplo de condicionamento de ordem superior
No exemplo do condicionamento clássico dos cães de Pavlov, ele condicionou o cachorro a salivar quando ouvisse o som do sino, certo? E se agora, ao mesmo tempo que ele toca o sino, ele mostrasse um quadro negro?
Achou nada a ver? Pois é bem provável que depois de vários emparelhamentos o cachorro passasse a salivar apenas ao ver o quadro negro! Loucura né?
Isso é o que chamamos de condicionamento de ordem superior.
Esse novo reflexo (quadro negro → salivação) vai ser chamado de reflexo condicionado de segunda ordem. Se emparelhássemos o quadro negro com um outro estímulo neutro (um passarinho, por exemplo), que se tornaria então um estímulo condicionado, chamaríamos o passarinho de reflexo condicionado de terceira ordem, e assim por diante.
A ideia desse post veio enquanto eu estava lendo o livro Princípios Básicos de Análise do Comportamento, que é excelente pra quem tem dificuldades na área, pois explica muito bem e de forma simples.
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Referências:
Moreira, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 200. 224p
