Guia de estudo: O Mal-estar na Civilização de Sigmund Freud
Freud e O Mal-estar na Civilização – Guia de Estudo
Esse é o primeiro de uma série de artigos sobre o livro O Mal-estar na Civilização de Sigmund Freud. A intenção é oferecer gratuitamente um guia de estudo completo sobre esse trabalho, de uma maneira organizada e didática.
Esse Guia de estudo incluirá resumo do livro O Mal-estar na Civilização por capítulos, glossário com vários termos importantes abordados na obra, e provavelmente, ao final, questionários para que você possa testar os conhecimentos que adquiriu com esse guia.
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Vamos lá.
Sobre O Mal-estar na Civilização de Sigmund Freud
O Mal-estar na Civilização, que Freud escreveu no verão de 1929, compara as vidas humanas “civilizadas” e “selvagens”, a fim de refletir sobre o sentido da civilização em geral. Como muitos de seus trabalhos posteriores, o ensaio generaliza as teorias psicossexuais que Freud introduziu no início de sua carreira – o conflito edipiano, as teorias de impulsos sexuais, repressão, deslocamento e sublimação.–Considerando que, antes Freud estava interessado em neuróticos específicos, pode-se dizer que em O Mal-estar na Civilização Freud expande seu interesse para identificar os aspectos neuróticos da própria sociedade.O trabalho é visto como pessimista por muitos, e vários comentaristas atribuíram essa visão tenebrosa à experiência devastadora da Primeira Guerra Mundial. Este conflito horrível parece ter justificado sua insistência sobre a natureza violenta e cruel da humanidade.–Anteriormente, em Além do Princípio do Prazer (1920), Freud revisou sua tese anterior de que os seres humanos são movidos por um desejo de satisfação erótica, propondo que os seres humanos são igualmente impulsionados por um desejo de destruição. Esta teoria da “pulsão de morte”, que Freud formulou no meio da guerra, encontra uma aplicação mais ampla em O Mal-estar na Civilização.–Do ponto de vista cronológico, este ensaio se aproxima das reflexões de Freud em O Futuro de uma Ilusão (1927), em que Freud descreve a religião organizada como uma neurose coletiva. Freud argumenta que a religião realiza um grande serviço para a civilização por domar os instintos antissociais e criar um senso de comunidade em torno de um conjunto compartilhado de crenças, mas também exige um enorme custo psicológico para o indivíduo, fazendo-o perpetuamente subordinado à figura do pai primal encarnado por Deus. Um ateu declarado, Freud refina suas teorias em O Mal-estar na Civilização para delinear com mais ênfase a relação entre psicanálise e religião, bem como entre o indivíduo e civilização.–Publicado em 1930, O Mal-estar na Civilização nunca foi out-of-print, ou seja, nunca parou de ser publicado. Foi talvez o texto mais lido de Freud durante sua vida e continua a estar entre os estudos mais influentes. Ergue-se como uma análise oficial da cultura e da civilização humana, adaptada pelas atrocidades cometidas nas décadas seguintes, especialmente o holocausto nazista, genocídios stalinistas e bombas nucleares lançadas sobre populações civis no Japão.Alguns têm apontado para a natureza profética das observações de Freud sobre as correntes destrutivas que ocorrem durante toda civilização humana; na verdade, a ascensão de Adolf Hitler ao poder pela maioria democrática em 1933 encontrou em Freud uma testemunha histórica pessoal para o fenômeno que ele tinha tentado anteriormente explicar em termos psicanalíticos através de seus escritos.
Referências:Christian, Adam. Miller, W.C. ed. “Civilization and Its Discontents Study Guide”. GradeSaver, 20 July 2008 Web. 1 October 2016.Freud, S.(1930) Obras psicológicas completas da ed Standard Brasileira. O Mal-Estar na Civilização. Rio de Janeiro: Imago Editora