Transtorno do Pânico, um transtorno grave

Um dos transtornos mais graves relacionados à ansiedade é o transtorno do pânico, o qual se caracteriza pela ocorrência de episódios de crises marcadas pelo sentimento de medo intenso que lhe remete a uma sensação de morte, porém não há perigo aparente. São sentidos sintomas somáticos como: alterações no ritmo cardíaco; sudorese e sensação de falta de ar (asfixia). O individuo não sabe o que motiva suas crises, então acaba buscando causas diversas com o intuito de amenizar a angústia de não ter o controle.

Síndrome do pânico

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O sintoma principal é o medo do medo, ou seja, medo de ter outra crise de pânico, por isso tenta evitar ao máximo a exposição a situações que podem desencadeá-lo, o que é bastante incapacitante.  A pessoa passa a sentir medo de atividades muito simples, como sair de casa, por exemplo. Os portadores de Transtorno do Pânico costumam ter tendência à preocupação excessiva com problemas cotidianos, além de necessidade extrema de controle das situações, expectativas altas, pensamento rígido e uma série de cobranças, o que predispõe a viver sob alto índice de estresse.

Estatísticas publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 264 milhões de pessoas no mundo sofrem com transtornos de ansiedade. No Brasil mais de 9% da população sofre algum transtorno de ansiedade, ou seja, quase três vezes mais que a média mundial. É também importante salientar que as taxas de suicídio são três vezes maiores em pessoas que sofrem com o transtorno do pânico.

Os pacientes com Síndrome do Pânico podem ser portadores de outros quadros emocionais associados a essa doença, como relacionados a ansiedade, depressão e somatizações. Talvez, o maior desafio é mostrar ao paciente a relação do transtorno com as suas vivências emocionais, já que muitos sentem melhora das crises administrando as medicações prescritas, porém é importante o acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Autora: Mariana Pavani. Psicóloga. CRP: 06/136363. Campinas.

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