Transtorno afetivo sazonal: o que é?
Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) é um tipo de depressão que ocorre em certa época do ano, e atinge 1 em cada 10 pessoas. O diagnóstico é feito com a ocorrência de no mínimo dois episódios consecutivos, ou seja, é necessário que o TAS ocorra por dois anos seguidos (por exemplo, no inverno de 2018 e no inverno de 2019).
Alguns dos sintomas de transtorno afetivo sazonal são:
- Ansiedade
- Letargia
- Irritabilidade
- Choro
- Libido reduzida
- Baixa autoestima
- Retirada de situações sociais
- Problemas de sono
- Desejos por comida
O Dr. Stephen Lurie, autor de uma revisão sobre o transtorno afetivo sazonal, disse:
“Como a depressão maior, o Transtorno Afetivo Sazonal provavelmente é subdiagnosticado em consultórios de atenção primária. Mas com uma atenção personalizada e detalhada aos sintomas, a maioria dos pacientes pode ser muito ajudada”.
Tratamentos para o transtorno afetivo sazonal
Um tipo de tratamento para transtorno afetivo sazonal que tornou-se popular nos últimos anos é a fototerapia (terapia de luz), que parece uma boa opção para uma melhora imediata.
Entretanto, alguns estudos indicam que o melhor tratamento a longo prazo para o TAS é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
A taxa de pessoas que continuam a utilizar a terapia de luz para transtorno afetivo sazonal no segundo ano pode ser de apenas 30%. A terapia cognitivo-comportamental é um tipo de psicoterapia que tem como foco as cognições (pensamentos, crenças) disfuncionais, e pode auxiliar na aquisição de habilidades de enfrentamento.
Às vezes, o Transtorno afetivo sazonal pode ser confundido com outros problemas de saúde mental.
De acordo com o Dr. Lurie:
“Se você é um paciente que foi diagnosticado com uma doença mental de qualquer tipo, não assuma simplesmente que qualquer novo problema mental ou emocional é devido à essa doença.
Especificamente, se você tem TDAH e se sente pior no inverno, não pense apenas que seu TDAH está piorando.
Na verdade, pode ser TAS – e você deve consultar seu médico porque o TDAH e o TAS são tratados de formas totalmente diferentes”.
O estudo foi publicado na revista American Family Physician ( Lurie et al., 2007 ).
Via Psyblog.