“A felicidade em pessoas inteligentes é a coisa mais rara que eu conheço.” – Ernest Hemingway
As pessoas com QI mais alto são mais propensas a ser felizes, segundo nova pesquisa. A descoberta vai contra Hemingway e contra a ideia popular de que ser inteligente de alguma forma predispõe as pessoas à infelicidade.
Drª Angela Hassiotis, que liderou o estudo, disse:
“Descobrimos que o QI está associado à felicidade auto-relatada, pois os níveis de felicidade foram menores nos grupos de QI mais baixo e maior nos grupos de QI mais elevado. Isto é particularmente relevante quando se considera os debates políticos atuais sobre a felicidade.”
Para o estudo, os dados de quase 7.000 pessoas foram analisados. Os resultados mostraram que as pessoas com o menor QI (70 – 99) foram as menos felizes, em comparação com aquelas com os mais altos QI (120 – 129).
Mas não foi apenas sobre o QI, como explicou o Dr. Hassiotis:
“Ao olhar para os dados que vimos, as pessoas com um QI mais baixo eram menos propensas a ser mais felizes por causa dos níveis mais elevados de desvantagens socioeconômicas, tais como baixa renda. Elas também são menos propensas a ser felizes porque precisam de mais ajuda com habilidades da vida diária, têm pior saúde e relatam mais sintomas de sofrimento psíquico”.
As intervenções devem se concentrar em aumentar os níveis de QI em uma idade jovem, disse o Dr. Hassiotis:
“Existe também alguma evidência de que as estratégias de longo termo dirigidas às crianças jovens provenientes de contextos socialmente desfavorecidos podem ter um impacto positivo não só sobre o QI, mas também no bem-estar e oportunidades de vida. Tais intervenções são suscetíveis de serem caras, mas os custos iniciais podem ser compensadas por benefícios futuros como uma dependência reduzida dos benefícios do Estado e uma melhor saúde mental e física”.
O estudo foi publicado na revista Psychological Medicine (Ali et al., 2012).
Via Psyblog.
