Já falei aqui sobre alguns benefícios psicológicos de Pokemon Go para tratar depressão e fobia social, e também fiz um vídeo falando um pouco do assunto, confere aí:
https://www.youtube.com/watch?v=uuDadL–ugI
A BBC fez um artigo falando sobre Os truques psicológicos por trás do sucesso do Pokémon Go, e vou dar uma mastigadinha aqui pra você quer não tá com muita paciência pra ler tudo lá.
O psicólogo Andrew Przybylski, do Oxford Internet Institute, estuda os atributos essenciais para que um videogame tenha chances de fazer sucesso. Entre eles, estão o grau de dificuldade do jogo e sua capacidade de fomentar interações sociais com outros jogadores.
Enquanto Pokemon Go não funciona direito no Brasil, você pode se viciar em outro “jogo”, o Hello, o novo aplicativo / rede social criado pelo criador do Orkut. Eu fui dar uma olhada lá pra ver se poderia espalhar o conhecimento por todos os cantos do universo virtual, a ideia tão linda quanto ingênua do Psicoativo, e acabei sendo capturado pela armadilha de ganhar coisas e subir de níveis através de interações.
Outro fator é a nostalgia. Muitos dos fãs do Pokémon Go guardam boas lembranças dos primeiros jogos da franquia, lançados a partir de 1996. Mas, para Przybylski, se um jogo tenta usar a nostalgia como elemento de atração, é preciso que ele também consiga ser ao mesmo tempo inovador e divertido. O Pokémon Go parece ter conseguido fazer isso.

Eu me encaixo no grupo de crianças que assistia o primeiro Pokemon, colecionava álbum de figurinhas dos 150 primeiros, viu a luta lendária entre Lugia, Zapdos, Moltres e Articuno em Pokemon 2000, etc. Confesso que realmente dá vontade de sair por aí feito louco correndo atrás dos bichinhos de realidade aumentada. Talvez o que supere a forte nostalgia que Pokemon traz seja outra força extremamente poderosa: a preguiça.
Em 2013, o escritor e apresentador de TV britânico Charlie Brooker citou o Twitter como um dos 25 videogames que mudaram o mundo. Apesar de a rede social não ser vista como um jogo, pela lógica de Brooker trata-se de uma interface gráfica com um sistema de competição baseado em pontos (o número de seguidores).
Hello, já disse.
Para Przybylski, a novidade da Nintendo parece ser o game perfeito para a era das mídias sociais. “Usá-las nos ajudou a estar prontos para o tipo de experiência que o jogo proporciona”
Mesmo se você não esteja nem aí pra Pokemon e não esteja entendendo o porque dessa histeria coletiva, você deve ter notado o poder viciante das redes sociais, observando os outros ou a si mesmo(a).
O artigo original é da BBC Future, se quiserem saber mais.