Saúde Mental – Uma Breve Reflexão

Deparei-me com uma matéria da Exame que retrata um grande problema no que diz respeito à saúde mental. Ressalto que o estudo analisado é específico ao Reino Unido. Acesse: Cuidar da própria saúde mental é perigoso, diz Reino Unido.

Apesar de se apresentar na centralidade econômica mundial, ao lado dos outros países do Norte, o Reino Unido também apresenta déficits em seu sistema de saúde.  Um dos problemas pilares está na grande dificuldade de acesso a tratamento psicológico, uma vez que o volume de pacientes perpassa a quantidade de vagas disponíveis. A saúde mental pode afetar a vida de um indivíduo, assim como sua produtividade. A jornalista do e Deborah Coughlin aponta que, ao se perceber o problema, as pessoas recorrem a se tratarem por conta própria seja por medicamentos, seja por bebidas alcoólicas ou mesmo drogas. Segundo ela, não passam de muletas que mascaram o problema real, sendo que, na verdade, podem até agravá-los. No vídeo abaixo Coughlin reflete a respeito do álcool e compartilha um pouco de sua experiência pessoal (está em inglês).

A jornalista ainda afirma que sua saúde mental teria tomado rumos melhores se tivesse tido tratamento adequado, ao invés de tentar remediar por conta própria. Um dado preocupante elencado pela matéria afirma o seguinte: ;”A Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstrou preocupação com o aumento de 54% na prescrição de antidepressivos para jovens no Reino Unido. O levantamento foi feito entre 2005 e 2012.”

Saúde Mental – Uma Breve Reflexão

Apesar de apontar dados e informações relativas ao Reino Unido, será mesmo que não há ocorrência desse mesmo problema ao redor do globo? O que parece ser um simples rompimento de namoro ou a perda de um ente querido pode causar danos inimagináveis na mente de uma pessoa. É mais fácil para quem está de fora lidar com problemas que lhes são alheios, todavia só quem passa por uma grande mágoa sabe o peso que fica no coração. A velha expressão de “afogar as mágoas” traz consigo o acompanhamento alcoólico, para alguns talvez seja apenas uma questão de tempo até que parem, para outros pode significar a sentença de uma vida inteira.

É necessário desmistificar os preconceitos existentes que cercam o tratamento psicológico. Ele infelizmente ainda é tido como algo pejorativo; devemos compreender que o tratamento psicológico é uma grande ferramenta que consiste no auto conhecimento, no alívio e resiliência à dor. A utilização de medicamentos também deve ser revista para tratamentos psíquicos. Ser criança hoje em dia é quase sinônimo de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) cujo tratamento requer um tarja preta, por exemplo. Não falo aqui da abolição dos remédios, apenas de um diálogo mais responsável, delicado e minucioso que consista no bem-estar do ser humano.

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