Botox para tratar Depressão, Feedback facial e Cognição incorporada

Sintomas depressivos foram reduzidos em quase metade das pessoas que receberam a injeção.

Uma única injeção de botox pode melhorar substancialmente os sintomas depressivos, a pesquisa constata.

Botox é normalmente usado para diminuir o aparecimento de rugas no rosto. Mas, os pesquisadores descobriram que ele também pode ajudar a tratar os sintomas da depressão.

Professor Norman E. Rosenthal, que liderou o estudo, disse:

“Esta pesquisa é inovadora porque oferece à aqueles que sofrem de depressão e seus médicos uma abordagem totalmente nova para tratar a condição – uma que não entra em conflito com quaisquer outros tratamentos.”

Para o estudo, 74 pessoas deprimidas receberam uma injeção para os músculos faciais entre as sobrancelhas – aqueles relacionados à franzir a testa. Em metade foi injectado Botox, e na outra metade um placebo. Os resultados mostraram que os sintomas de depressão reduziram em 47% no grupo que recebeu a injeção de Botox. A redução foi de apenas 21% no grupo do placebo.

Teoria do feedback facial: Expressões faciais influenciam o humor

Dr. Eric Finzi, o primeiro autor do estudo, disse:

“Esta nova pesquisa apoia a teoria do feedback facial de Charles Darwin e William James, que sugere que as expressões faciais influenciam o humor.”

A teoria do feedback facial sugere que a expressão facial tem um feedback em nossos humores. Em outras palavras: as nossas expressões faciais não são apenas o resultado de nosso humor, mas elas também podem influenciá-lo.

Cognição incorporada

A injeção de botox torna mais difícil para as pessoas franzirem a testa. Assim, menos carrancudas, as pessoas se sentem menos deprimidas – assim diz a teoria. Isso está ligado a uma área relativamente nova da psicologia chamada cognição incorporada.

Cognição incorporada é a ideia de que nós pensamos com nossos corpos. Por exemplo, se você andar de uma forma mais saltitante, otimista, você também começa a se sentir em um clima de otimismo e mais saltitante.


O estudo foi publicado no Journal of Psychiatric Research ( Finzi et al., 2014 ).

Via Psyblog.

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