Por que continuamos acreditando em mentiras depois que a verdade é revelada

Pesquisadores da The University of Western Australia – que notaram várias instâncias de desinformação, tais como vacinas infantis causam autismo, o aquecimento global é uma fraude, ou o presidente Barack Obama não nasceu nos Estados Unidos – dizem que rejeitar informações requer mais esforço cognitivo do que simplesmente aceitar que a mensagem é verdadeira.

A desinformação é especialmente provável que permaneça quando ela está de acordo com o nosso ponto de vista preexistente, seja político, religioso ou social, de acordo com os pesquisadores. Devido a isso, ideologia e cosmovisões pessoais podem ser obstáculos especialmente difíceis de superar.

O relatório observa que os esforços para retrair a desinformação muitas vezes são contraproducentes e, de fato, levam ao fortalecimento de uma crença errônea.

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“Essa persistência de desinformação tem implicações bastante alarmantes em uma democracia porque as pessoas podem basear decisões em informações que, em algum nível, elas sabem que são falsas”, disse Lewandowsky.

“Em um nível individual, a desinformação sobre questões de saúde – por exemplo, medos injustificados em relação à vacinação ou confiança indevida em medicina alternativa – pode causar muitos danos. Em nível societário, a persistente desinformação sobre questões políticas pode criar danos consideráveis.

“E em uma escala global, a desinformação sobre a mudança de clima está retardando atualmente a ação de mitigação.”

Embora a desinformação seja difícil de corrigir, o estudo destaca várias estratégias que podem ajudar a neutralizar o poder da desinformação, incluindo:

  • Fornecer às pessoas uma alternativa para preencher a lacuna deixada pela retração de informações falsas;
  • Concentre-se nos fatos que você quer destacar, ao invés dos mitos;
  • Certifique-se de que as informações que você quer que as pessoas tirem são simples e breves;
  • Considere o seu público e as crenças que eles são suscetíveis de manter; e
  • Fortaleça sua mensagem através da repetição.

O relatório foi publicado na Psychological Science in the Public Interest.

Fontes: The University of Western Australia | Psych Central

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