Pare um minuto e olhe para alguns de seus relacionamentos passados. Observa um padrão de erros repetidos e tristezas? Talvez você esteja sempre caindo com parceiros emocionalmente distantes, manipuladores psicológicos, ou pessoas que traem. Você tem o mesmo velho argumento em cada um de seus relacionamentos? Não se preocupe, você não está sozinho. Na verdade, há uma explicação psicológica e neurológica para o seu comportamento.
Você, como todos os seres humanos, é uma criatura de hábitos em todas as áreas de sua vida: profissional, amizades e romance. Isto significa que você acaba fazendo a mesma coisa uma e outra vez sem perceber porque se sente confortável. Você tende a evitar o desconhecido, alegando estar a procurar a felicidade. De acordo com Alain de Botton, um autor filosófico psicoemocional, não estamos em busca da felicidade, mas sim de familiaridade em nossos relacionamentos pessoais. [1]
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Teoria do Apego e seus relacionamentos
Teoria do Apego nos diz que suas primeiras relações, que eram provavelmente com seus pais, definem o cenário para as suas relações futuras. Como seus pais agiram em direção a você quando criança afeta sua capacidade de se relacionar com as pessoas quando adulto. Essas relações também forneceram um modelo de como as relações devem funcionar. [2]
O que isso significa, exatamente? Bem, já que você almeja familiaridade, você inconscientemente busca por seus pais em relacionamentos românticos futuros. O parceiro que você escolhe depende do tipo de ligação que você desenvolveu quando criança. As pessoas são ou seguras ou inseguras no apego. Existem dois principais tipos de apego inseguro: de esquiva e ansioso.
Drª. Cindy Hazan e Dr. Phillip Shaver, da Universidade de Denver, realizaram uma pesquisa sobre relacionamentos românticos como um processo de fixação. Os resultados deste estudo mostram que 60 por cento das pessoas têm uma fixação segura. Os outros 40 por cento foram divididos entre de esquiva e ansioso. [3]
Então como é que uma pessoa tem apego inseguro? Se, por exemplo, o seu pai ou a mãe não estava emocionalmente disponível ou não forneceram atenção consistente, você pode desenvolver apego ansioso ou de esquiva. Isso pode fazer com que você procure um parceiro emocionalmente distante. Se você foi abandonado quando criança, você pode procurar relacionamentos onde você tem que ganhar o amor da outra pessoa. [4]
Apego ansioso e seus relacionamentos
Como uma pessoa com apego de ansiedade, você pode precisar estar com o seu parceiro constantemente. Ou, você pode precisar ser tranquilizado de sentimentos do seu parceiro por você e sua felicidade no relacionamento. [5] Essa necessidade pode causar pressão sobre seus relacionamentos, levando a discussões, estresse, e rompimentos.
Apego de Esquiva e seus relacionamentos
Como esquiva não condiz com uma pessoa ligada, você pode ser capaz de separar-se emocionalmente de seus relacionamentos. Este tipo de evasão faz você se sentir independente. Por causa da relação com seus pais, você aprendeu a depender apenas de si mesmo. Uma pessoa que se esquiva por medo quer um relacionamento saudável, mas tem medo de ser ferida e acha difícil confiar nos outros. [6]
Mudando seu estilo de apego
A repetição de erros em seus relacionamentos é por causa de ambos os problemas psicológicos (discutidos acima) e neurológicos. Seu cérebro produz neurônios que gravitam em direção a caminhos conhecidos, o que torna difícil mudar o seu comportamento aprendido.
O primeiro passo para mudar este comportamento é reconhecer o padrão. Depois de ter estabelecido o padrão em seus relacionamentos, dar pequenos passos para mudar. Isso vai ser difícil no início, mas possível com perseverança. Depois de algum tempo, o novo comportamento vai se tornar o novo padrão, resultando em relações mais saudáveis e mais felizes. [7]
Referências:
[1] | ^ | Brainpickings: Why Our Partners Drive Us Mad: Philosopher Alain de Botton to the Central Foible of the Human Heart and How to Heal It |
[2] | ^ | Psychology Today: Why Your Partner May Be Like Your Parent |
[3] | ^ | University of Denver: Romantic Love Conceptualized as an Attachment Process |
[4] | ^ | Jordan Gray: How Your Childhood Is Messing Up Your Love Life |
[5] | ^ | Psychalive: How Your Attachment Style Impacts Your Relationship |
[6] | ^ | Psychology Today: How Your Attachment Style Impacts Your Relationship |
[7] | ^ | Psychology Today: Why Do You Keep Making the Same Relationship Mistakes? |
Do artigo original de Amber Pariona para o Life Hack.