Um terço das pessoas que sofrem de depressão grave podem ser deste novo tipo
Novos estudos sugerem que inflamação no cérebro poderia explicar os episódios de depressão maior em algumas pessoas.
Cerca de um terço das pessoas que sofrem de depressão maior têm altos níveis de marcadores de inflamação no sangue. Esta inflamação persistente pode explicar alguns dos piores sintomas de depressão.
A incapacidade de sentir prazer – chamado anedonia – é um sintoma particularmente teimoso.
As pessoas deprimidas muitas vezes têm dificuldade de sentir prazer das atividades cotidianas, como comer ou passar tempo com amigos e familiares.
Dr Jennifer Felger, autor de um novo estudo sobre a relação entre inflamação e depressão, disse:
“Alguns pacientes que tomam antidepressivos continuam a sofrer de anedonia.
Nossos dados sugerem que, bloqueando a inflamação ou os seus efeitos sobre o cérebro, pode ser possível reverter a anedonia e ajudar indivíduos deprimidos que não respondem a antidepressivos. “
Dr Felger e colegas escanearam os cérebros de pessoas deprimidas como parte de sua pesquisa. Eles descobriram que aqueles com altos níveis de inflamação também tiveram problemas de comunicação críticos no cérebro. Descobriu-se que as regiões centrais para a motivação e recompensa apresentaram níveis mais baixos de comunicação.
Dr Felger disse:
“Nós estávamos interessados nestas regiões do cérebro por causa de sua conhecida importância para a resposta de recompensa.
Além disso, nós tínhamos visto ativação reduzida dessas áreas em pessoas que recebem tratamentos imuno-estimulante para vírus da hepatite C ou câncer, o que sugeria que eles podem ser sensíveis a inflamação. “
Os cientistas estão agora a considerar maneiras de combater a inflamação de modo a ajudar a tratar a depressão. Uma opção é a L-DOPA, o que pode aumentar a ligação de recompensa no cérebro. Outra opção é um anticorpo anti-inflamatório chamada infliximab. Este foi encontrado em um estudo recente para ajudar algumas pessoas deprimidas com altos níveis de inflamação.
“Esperamos que nossas investigações possam levar a novas terapias para tratar anedonia na depressão de alta inflamação.”
O estudo foi publicado na revista Molecular Psychiatry (Felger et al.,2015).
