Kant: Imperativos categóricos X Imperativos hipotéticos

Imperativos são instruções; eles nos dizem o que fazer. Kant distingue entre dois tipos de imperativo: hipotéticos e categóricos.

Kant

Imperativos hipotéticos vão te dizer o que fazer, a fim de alcançar um objetivo especial: “Se você quer ter dinheiro suficiente para comprar um novo celular arrume um emprego”; “Se você não quer ir para a prisão, então não roube carros”.

Imperativos hipotéticos só se aplicam às pessoas que querem alcançar o objetivo a que se referem. Se eu não me importo em ter dinheiro suficiente para um novo celular, o “Se você quer ter dinheiro suficiente para comprar um novo celular arrume um trabalho” não se aplica a mim; ele não me dá nenhuma razão para conseguir um emprego. Se eu não me importo em ir para a prisão, “Se você não quer ir para a prisão, então não roube carros” não se aplica a mim; ele não me dá nenhuma razão para não roubar carros.

Moralidade, de acordo com Kant, não é assim. A moralidade não nos diz o que fazer no pressuposto de que queremos alcançar um objetivo particular, por exemplo, ficar fora da prisão, ou ser bem quisto. Comportamento moral não é sobre ficar fora da prisão, ou ser bem quisto. A moralidade consiste em imperativos categóricos.

Imperativos categóricos, ao contrário de imperativos hipotéticos, dizem-nos o que fazer, independentemente de nossos desejos. A moralidade não diz “Se você quiser ficar fora da prisão, então não roube carros”; ela diz “Não roube carros!”. Não devemos roubar carros, queiramos ou não ficar fora da prisão.


Fonte: Moral Philosophy

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