Relação entre Zika vírus e microcefalia fica mais forte com novo relatório
O surto do vírus Zika tem aparecido em todos os noticiários recentemente, principalmente devido à sua associação com um possível aumento do risco da microcefalia, doença congênita.
Em março, o The New England Journal of Medicine publicou um relatório que suporta ainda mais esta associação. Ele descreve o caso de uma mulher grávida e seu feto que foram infectados com o vírus Zika durante a 11ª semana gestacional. Em 4 semanas, entre a 16ª e a 20ª semana de gestação, o perímetro cefálico fetal diminuiu do 47º para o 24º percentil, revelando uma diminuição na taxa de crescimento do cérebro.
Em torno da 20ª semana de gestação, anormalidades cerebrais significativas foram encontradas, e material genético do vírus ainda estava presente no soro da mãe. A análise post-mortem de cérebro fetal mostrou adelgaçamento do córtex cerebral e a presença de partículas virais e material genético Zika, que suporta o seu papel na indução de danos graves para o cérebro fetal.
Referências: Driggers, R., Ho, C., Korhonen, E., Kuivanen, S., Jääskeläinen, A., Smura, T., Rosenberg, A., Hill, D., DeBiasi, R., Vezina, G., Timofeev, J., Rodriguez, F., Levanov, L., Razak, J., Iyengar, P., Hennenfent, A., Kennedy, R., Lanciotti, R., du Plessis, A., & Vapalahti, O. (2016). Zika Virus Infection with Prolonged Maternal Viremia and Fetal Brain Abnormalities New England Journal of Medicine DOI:10.1056/NEJMoa1601824