O Suicídio, escrito pelo sociólogo francês Emile Durkheim, em 1897, foi um livro inovador no campo da sociologia, uma publicação única para a época que proporcionou um exemplo de como a monografia sociológica deve ser.

Nele, Durkheim explorava as diferentes taxas de suicídio entre protestantes e católicos, argumentando que o controle social mais forte entre os católicos resulta em taxas de suicídio mais baixas.
Ele também descobriu que essas taxas eram maiores entre os homens do que mulheres, maior para aqueles que são solteiros do que aqueles que são casados, maior para as pessoas sem filhos do que pessoas com crianças, maior entre os soldados do que entre os civis, e mais elevados nos tempos de paz do que em tempos da guerra.
Durkheim foi o primeiro a argumentar que as causas do suicídio eram encontradas em fatores sociais e personalidades não individuais. Observando a variação de tempo e lugar, Durkheim olhou para causas ligadas a estes outros fatores de estresse emocional. Ele olhou para o grau em que as pessoas se sentem integradas na estrutura da sociedade e em seu meio social como fatores sociais produtores do fenômeno, e argumentou que as taxas de suicídio são afetadas pelos diferentes contextos sociais nos quais eles emergem.
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Durkheim também distinguiu três tipos de suicídio
Suicídio anômico
O Suicídio anômico é bem representado em situações de anomia social, ou ausência de regras que mantinham a coesão social. O caos provocado por grandes mudanças em uma sociedade, como por exemplo uma crise econômica, pode provocar o aumento do número de suicídios, muitas vezes motivados por desemprego e perda de poder aquisitivo. Então esse tipo de suicídio acontece quando as forças desagregadoras da sociedade fazem com que os indivíduos se sintam perdidos ou sozinhos.
Suicídio altruísta
Ocorre quando há excesso de regulamentação dos indivíduos pelas forças sociais. Um exemplo é alguém que comete suicídio por causa de uma causa política ou religiosa, como os sequestradores dos aviões que se chocaram com o World Trade Center, o Pentágono e um campo na Pensilvânia em 11/09/2001. As pessoas que cometem suicídio altruísta subordinam-se às expectativas coletivas, mesmo quando a morte é o resultado.
Suicídio egoísta
Acontece quando as pessoas se sentem totalmente separadas da sociedade. Normalmente, as pessoas estão integradas na sociedade por papéis de trabalho, laços com a família e comunidade, e outras obrigações sociais. Quando esses laços são enfraquecidos através de aposentadoria ou perda de familiares e amigos, a probabilidade de ocorrência aumenta. Os idosos que perdem estes laços são os mais suscetíveis ao suicídio egoísta.
Referências
Anderson, M.L. and Taylor, H.F. (2009). Sociology: The Essentials. Belmont, CA: Thomson Wadsworth. Por: Ashley Crossman
E alguém que se suicida por achar a vida chata mesmo estando incluso na sociedade.