Redes sociais: A melhor maneira de lembrar experiências pessoais

Nosso senso de si está intimamente ligado com o que e como nós nos lembramos.

Memória icônica

Postar experiências pessoais todos os dias em mídias sociais onlines ajuda no desenvolvimento social da memória, diz nova pesquisa.

Professor Qi Wang, que liderou a pesquisa, disse:

“Se as pessoas querem lembrar experiências pessoais, a melhor maneira é colocá-las online. As mídias sociais – blogs, Facebook, Twitter, e outros similares – fornecem uma saída importante para nós recordarmos memórias, no espaço público, e compartilhar com outras pessoas. ”

Simplesmente postando em mídias sociais estamos construindo o nosso passado e nós mesmos de uma maneira particular.

Os autores do estudo escrevem:

“O processo de escrever sobre as experiências particulares na esfera pública, muitas vezes sustentada por feedback social subsequente, pode permitir que as pessoas reflitam sobre as experiências e sua relevância pessoal.”

Para o estudo, os participantes foram convidados a manter um diário por uma semana descrevendo suas rotinas diárias. Para cada item eles avaliaram a sua importância para eles e se eles tinham publicado sobre ele na mídia social. Depois de uma semana eles receberam um questionário surpresa sobre o número de eventos que podiam se lembrar. Os resultados mostraram que a publicação de um evento nas mídias sociais tornara mais fácil recordar dele mais tarde. Não importava o quão importante os eventos eram: mesmo as coisas relativamente insignificantes foram melhor recordadas se postadas online.

Professor Wang disse:

“Nós criamos um sentido de si no processo de recordar, avaliar e compartilhar com os outros as memórias de experiências pessoais em nossas vidas. Isso está acontecendo quando se usam as mídias sociais, sem que sequer percebamos. Nós só pensamos, ‘Oh, eu estou compartilhando minha experiência com meus amigos.’ Mas ao moldar a forma como nos lembramos de nossas experiências, também moldamos quem somos. ”


O estudo foi publicado na revista Memory ( Wang et al., 2016 ).

Via Psyblog

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