Arthur Schopenhauer foi o primeiro grande filósofo ocidental a levar a filosofia oriental a sério, e apresentou um ponto de coesão entre ambas. Ele também foi um dos primeiros a ser aberto sobre seu ateísmo (com algumas exceções mais antigas como Epicuro), embora seja difícil criticar filósofos anteriores quando se considera que admitir ser ateu poderia significar, por exemplo, ser queimado na fogueira .
Houve também a sua busca inflexível pela verdade, independentemente de onde isso levaria. Pode-se concordar ou discordar se chegou a ela, mas não há dúvida de que ele foi sincero sobre isso, e com certeza não gostava de como seus contemporâneos preferiam manter o status quo, em troca de uma posição confortável e um salário estável em uma universidade.
Como Karl Popper colocou sobre Schopenhauer:
Um homem de integridade suprema que amou a verdade além de qualquer outra coisa. Não pode haver dúvida de que ele era tão competente um juízo de questões filosóficas como poderia ser em seu tempo
Ou Nietzsche, que elogiou Schopenhauer por “sua honestidade, sua alegria e sua firmeza”.
A amplitude do seu pensamento também é notável, já que, em grande medida explica porque ele influenciou grandes nomes de tantas disciplinas diferentes. Popper observou que há mais “boas ideias” em Schopenhauer do que em qualquer outro filósofo com exceção de Platão.
A amplitude de seu conhecimento não foi menos impressionante. Ele falava sete línguas, e toda a sua obra está cheia de citações de filósofos do passado, poetas, escritores, e menções de pinturas e músicas, que ele costumava usar para apoiar seus pontos, ou fornecer analogias e exemplos que os clarificassem.
Um mestre da prosa , sua escrita é a melhor entre os idealistas alemães, para muitos. Como Marquês de Vauvenargues coloca (e Schopenhauer gostava de citar): a clareza é a boa-fé dos filósofos. Isso faz dele muito mais acessível do que seus antecessores.
Tolstoi observou:
Eu não sei se nunca vou mudar a minha opinião, mas no momento estou certo de que Schopenhauer é o mais brilhante dos homens.
Ou ainda:
“Estou convencido de que Schopenhauer é o homem mais genial de todos. (…) Ao lê-lo não posso compreender como o seu nome pôde permanecer desconhecido. A única explicação possível é a que ele mesmo repete tantas vezes, que há quase só idiotas no mundo.”
Enquanto isso Thomas Mann chamou sua filosofia de “filosofia do artista por excelência“. Como pode ser visto é grande a influência de Schopenhauer sobre os pensadores. Algumas das pessoas que Schopenhauer influenciou foram:
- Compositores: Richard Wagner, Gustav Mahler.
- Escritores: Leo Tolstoy, Ivan Turgenev, Émile Zola, Guy de Maupassant, Marcel Proust, Thomas Hardy, Joseph Conrad, Jorge Luis Borges, Thomas Mann, Joseph Campbell, Samuel Beckett, e, em menor grau TS Eliot, Rainer Maria Rilke, e Luigi Pirandello.
- Filósofos: Friedrich Nietzsche, Karl Popper, Martin Heidegger, Ludwig Wittgenstein.
- Psicólogos: Sigmund Freud, Carl Jung.
- Físicos: Erwin Schrödinger, Albert Einstein.
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“Eu não acredito no livre arbítrio. As palavras de Schopenhauer: “O homem pode fazer o que ele quer, mas não pode querer o que ele quer “, me acompanham em todas as situações em toda a minha vida e reconciliam-me com as ações dos outros, mesmo que seja bastante doloroso para mim. Esta consciência da falta de livre-arbítrio me impede de levar eu e os meus colegas homens muito a sério pelas ações e decisões como indivíduos, e de perder a paciência”.
“Meu credo”, escrito em 1932 por Albert Einsten
Em última análise, creio que esta lista (não exaustiva) da influência de Schopenhauer em algumas das maiores mentes que temos tido nos últimos dois séculos prova que, independentemente da validade de suas declarações, sua obra apresenta alimento para o pensamento. Conforme expresso por Kierkegaard *:
Apesar de um total desacordo, eu fui surpreendido ao encontrar um autor que me afeta tanto
* Para evitar mal-entendidos, Kierkegaard se encontrou com a filosofia de Schopenhauer tarde na vida, por isso não faria sentido falar de uma influência de Schopenhauer na filosofia de Kierkegaard para além de, no máximo, algumas das últimas passagens em seus diários.
