Marx, Freud, Nietzsche e Deus

MARX – FREUD – NIETZSCHE – DEUS

MARX - FREUD - NIETZSCHE
Deus como droga ~ Deus como falso ~ Deus como morto

“O fundamento da crítica irreligiosa é: o homem cria a religião; não é a religião que cria o homem. E a religião é, bem entendido, a autoconsciência e o auto-sentimento do homem que ainda não é senhor de si mesmo ou que já voltou a perder-se (. ..) religião é o soluço (o suspiro) da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de um estado de coisas carente de espírito. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória do povo é uma exigência que a felicidade real formula. Exigir que renuncie às ilusões acerca da sua situação é exigir que renuncie a uma situação que precisa de ilusões. A crítica da religião é pois,em germe, a crítica deste vale de lágrimas de que a religião é a auréola.”

Karl Marx – Critica da Filosofia do Direito de Hegel – 1843

O desamparo do homem, porém, permanece e, junto com ele, seu anseio pelo pai e pelos deuses. Estes mantêm sua tríplice missão: exorcizar os terrores da natureza, reconciliar os homens com a crueldade do Destino, particularmente a que é demonstrada na morte,e compensá-los pelos sofrimentos e privações que uma vida civilizada em comum lhes impôs.

-Freud: O Futuro de uma Ilusão, 1927

“No fundo, Deus não é nada mais do que um pai exaltado .”

-Freud: Totem e Tabu, 1913

Os deuses também apodrecem! E Deus morreu!
Deus está morto! E nós o matamos!
Como poderemos nos consolar? Nós, os assassinos dos assassinos?
O que havia de mais sagrado sangrou sob o nosso punhal,
quem nos limpará deste sangue?
Que água nos poderá lavar?
Que sacrifícios devemos sofrer?
A grandeza deste ato é demasiado grande para nós,
não será preciso que sejamos deuses para
sermos dignos desta grandeza?

Nietzsche: A Gaia Ciência, 1882

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