A teoria da aprendizagem de Tolman

O principal enfoque do behaviorismo intencional de Tolman estava no problema da aprendizagem. 

Tolman rejeitou a lei do efeito de Thorndike, afirmando que a recompensa ou o reforço exerciam pouca influência sobre a aprendizagem.

Em seu lugar, propunha uma explicação cognitiva para a aprendizagem, sugerindo que a repetição do desempenho de uma tarefa reforça a relação aprendida entre as dicas ambientais e as expectativas do organismo. Dessa forma, o organismo acaba conhecendo o seu ambiente.  Tolman chamava essas relações aprendidas de “sign Gestalts”, e afirmava serem elas estabelecidas pela repetição da realização de uma tarefa.

Imaginemos um rato faminto dentro de um labirinto. Ele o percorre, explorando tanto os caminhos corretos como os sem saída e, finalmente, acaba alcançando a comida.

Nas tentativas subsequentes dentro do labirinto, o objetivo (encontrar a comida) proporciona ao rato a intenção e a direção. A cada ponto de intersecção em que o animal tem de fazer uma opção de seguir para um lado ou outro, cria-se uma espectativa de que certas dicas associadas ao ponto de intersecção vão ou não levar à comida.


Quando a expectativa do rato é confirmada e ele btem a comida, a sign Gestalt (a expectativa de sinalização associada com deteminada opção) é reforçada. Assim, para para todas as tentativas realizadas no labirinto, o animal estabelece um mapa cognitivo, que consiste em um padrão de sign Gestalts.

Esse padrão é o que o animal aprende, ou seja, o mapa do labirinto, e não apenas um conjunto de hábitos motores. O cérebro do rato cria uma visão completa do labirinto ou de qualquer ambiente familiar, que lhe permite transitar de um lugar a outro sem se restringir a uma série de movimentos físicos fixos.

Testando a teoria da aprendizagem de Tolman


A clássica experiência para testar a teoria da aprendizagem de Tolman investigava se o rato que percorria os caminhos do labirinto aprendia um mapa cognitivo ou uma série de respostas motoras.

Em um labirinto com formato de cruz, um grupo de ratos sempre encontrava a comida no mesmo lugar, ainda que, usando pontos iniciais diferentes, às vezes tivessem de virar a direita e outras vezes à esquerda para chegarem até o alimento. As respostas motoras eram diferentes, mas a comida estava sempre no mesmo lugar.

O segundo grupo de ratos apresentava as mesmas respostas independentemente do ponto inicial, mas com a comida em lugares diferentes.

Iniciando de uma saída do labirinto, os ratos achavam a comida somente quando viravam à direita no ponto de intersecção; começando da oura saída, também encontravam a comida virando à direita.

Os resultados demonstraram que os ratos que aprendiam o caminho (o primeiro grupo) apresentavam um desempenho bem melhor do que os que aprendiam o movimento (segundo grupo). 

Tolman concluiu que o mesmo fenômeno ocorre com o indivíduo familiarizado com a cidade ou a vizinhança. Ele é capaz de locomorver-se de um ponto a outro utilizando diversos caminhos devido ao mapa cognitivo que desenvolveu de toda a área.

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