Luiz Pereira Barreto: Biografia e Psicologia

Luiz Pereira Barreto

Luiz Pereira Barreto nasceu em 1840 em Resende, Rio de Janeiro, e morreu em 1923. Formou-se em Ciências Naturais e Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Bruxelas. Além disso ocupa o topo da lista de positivistas brasileiros responsáveis, dentre outras coisas, por tornar a psicologia uma ciência natural, experimental e autônoma em relação à filosofia.

Em sua obra principal denominada “As três filosofias”, afirma o positivismo como substituto de antigas crenças, colocando a realidade contemporânea como uma fase histórica a ser superada pelo progresso da humanidade. Essa linha de pensamento foi idealizada principalmente por por Augusto Comte e John Stuart Mill no começo do século XIX, ganhou força na segunda metade do mesmo século e se espalhou pelo mundo depois. Ela impõe o conhecimento científico como único representante da verdade, afastando crenças, superstições, teologia e metafísica.

Declarando independência da filosofia, e colocando a psicologia como fisiologia mental, o doutor Luiz Pereira Barreto torna os processos mentais do homem sujeitos à experimentação e à maior controle, trazendo-os ao campo da empiria e ciência. Declara saúde como sendo formada em parte pelo equilíbrio de funções cerebrais como inteligência e sentimentos e sua relação com o meio ambiente, limitando a psicologia à fisiologia (não autômata nesse caso), garantindo assim certo controle sobre a condição do ser humano, considerando-o sujeito à leis invariáveis.

Sua aversão às religiões fica evidente quando estabelece relação de causa entre desarranjos cerebrais e crenças religiosas (religião restrita à psicologia), afirmando a predisposição à loucura em pessoas que fazem manifestações desse tipo, sugerindo sua eliminação pela “higiene do espírito”.

Através da reforma da instrução pública de 1891, o ministro Benjamin Constant introduziu a psicologia no ensino secundário, usando a ótica de Luiz Pereira Barreto sobre o positivismo e a reforma do ensino, visando o progresso da sociedade brasileira. Isso contribuiu significantemente para a inserção da psicologia como ciência em si, e na sua propagação como área de conhecimento.

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Referências:

Texto: “O processo de institucionalização do saber psicológico no brasil do século XIX” – Marina Massimi

Dicionário Biográfico da PSICOLOGIA NO BRASIL – Pioneiros.

Disponível em: < http://newpsi.bvs-psi.org.br/cgi-bin/wxis1660.exe/iah/>. Acesso em 27 de outubro de 2015.

 

Imagem:

Estado de São Paulo ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Disponível em:  <http://www.al.sp.gov.br/arquivos/assembleia/autoridades/presidentes-da-alesp/luis_barreto.jpg>. Acesso em 27 de outubro de 2015.

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